julho 20, 2011

Uma breve história dos letreiros cinematográficos

Para acompanhar o meu vídeo postado ontem, com trechos de todos os letreiros projetados por Saul Bass, vale a pena ver o ótimo vídeo de Ian Albinson (site "Art of the title") - uma montagem cronológica, traçando a evolução dos letreiros cinematográficos. Embora sucinta (como o próprio título informa), dá para se ter uma idéia de como ocorreu este desenvolvimento.

O vídeo começa com os letreiros "rótulos" (como os de "Intolerance", de 1916), empregados com a função única de denominar a produção e indicar a sua procedência (a qual companhia ou produtor pertenciam), com uma estética vitoriana que lembra antigos rótulos ou frontispícios de livros. Em seguida surgem letreiros que buscam se aproximar do clima da narrativa, empregando efeitos ópticos e também integrando as informações tipográficas ao espaço diegético. Saul Bass abre o caminho para os letreiros modernos, criando sequências autônomas, que sintetizam ou comentam o filme (como em "The man with golden arm", "Vertigo", etc.), e sequências que se integram mais ao desenvolvimento da narrativa (como em "Grand Prix"). Seguem-se depois trabalhos dos vários title designers que surgiram no caminho iniciado por Bass (designers gráficos como Maurice Binder, Pablo Ferro e Robert Brownjohn; e animadores como DePatie & Freleng) e fizeram dos letreiros autônomos (que compõem uma sequência que é uma atração por si só, independente do filme) uma febre nos anos 1960. O vídeo inclui ainda os trabalhos de Kyle Cooper (o Saul Bass dos anos 1990, que novamente chamou a atenção do público para estas sequências) e vários letreiros contemporâneos, realizados com a ajuda de softwares que ampliaram significativamente as possibilidades de manipulação do texto e da interação deste com a imagem.


A Brief History of Title Design from Ian Albinson on Vimeo.
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